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ALEGRIAS DA MATERNIDADE, AS
Terra Sem Amos, Uma nº 126
972-21-1479-4
Nnu Ego atribuÃa ao seu chi, o seu deus pessoal, o seu destino conturbado de menina, mulher, estéril no primeiro casamento mas tornada mãe de vários filhos aquando do segundo.
Sabia que o chi era uma mulher, não só porque somente uma mulher castigaria outra tão rudemente mas também porque muitas vezes lhe haviam relatado na sua terra, Ibuza, que o seu chi era uma escrava que fora sepultada viva com a falecida dona.
Esta mulher-mãe vive uma história cheia de percalços, dificuldades em sobreviver à miséria e à fome que sucessivas vezes se vai instalando no seu percurso de vida, às privações, às desavenças com o marido, à morte e doença dos filhos e, por último, à ingratidão de alguns deles por quem tanto lutou e de quem esperava comportamentos diferentes.
Mas as alegrias da maternidade foram preenchendo e fazendo história na vida desta mulher lutadora cuja vida revemos neste conjunto de páginas repletas de uma escrita deliciosa, envolvente, clara e realista e com um humor muito peculiar.
O quadro de vida apresentado nesta obra, muito graciosamente dedicado «As todas as mães» pela autora, espelha as múltiplas facetas da mulher-mãe ansiosa por descobrir as alegrias da maternidade e que vive exclusivamente em função dessa maternidade e para essa maternidade, sem tempo de sobra para cultivar amizades e cujas alegrias muitas vezes são transformadas em sofrimento alegremente sentido, porque o mais importante para a mulher igbo é a concretização da maternidade.