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ANTROPOLOGIA DO PARENTESCO E DA FAMILIA
Epistemologia E Sociedade nº 241
978-972-771-849-8
A presente obra destina se a despertar os leitores para uma área de investigação bastante adormecida em Portugal e sem real tradição, contrariamente aos paÃses de grande investigação antropológica como, especialmente, a Grã Bretanha, a França e os Estados Unidos da América, onde este tipo de investigação não só teve um papel fundador na antropologia social como continua a preocupar um grande número de investigadores.
Os estudos de parentesco, actualmente reorientados, correspondem a um campo do social onde a mudança nem sempre é facilmente descortinável. Porém, apesar de tal, designadamente nas sociedades ocidentais, certas mudanças e tendências (como a diminuição dos casamentos, o aumento das separações e dos divórcios e a consequente recomposição das famÃlias, os casamentos homossexuais, a alteração das relações homem/mulher, a fragilidade da aliança matrimonial tradicional), abalam algumas das práticas parentais antigas, tidas até agora como naturais. Em alguns aspectos, certas mudanças como, por exemplo, as que resultam das tecnologias biomédicas de procriação, aproximam estas sociedades de costumes parentais de outros continentes – considerados exóticos até há pouco tempo – e não só evidenciam o desajuste entre parentesco social e consanguinidade como, simultaneamente, alteram a composição tradicional da famÃlia conjugal ao admitir no seu seio, entre outros aspectos, uma pluralidade de mães e pais.
O livro apresenta uma grande variedade universal de modelos de parentesco, cujo conhecimento permite introduzir no actual debate polÃtico, acerca de novos tipos de casamento e famÃlia conjugal, a relatividade cultural do nosso próprio universo social face a outros tantos possÃveis. Parece assim evidente ser incontornável o estudo minucioso do parentesco quando se pretende elucidar aspectos socioculturais profundos da nossa sociedade, incompreensÃveis de outro modo.