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PRÉMIO ALVES REDOL 2009
«Ao Redor dos Muros é um caso muito sério. (…) É um romance de alguém que vai fazer história na Literatura Portuguesa e já começou. Não estarei para receber a confirmação das minhas palavras de hoje, mas sei que isso acontecerá. António Canteiro tem uma vocação rara de escritor. É sua uma escrita rica de humanidade, de invenção vocabular que surpreende página a página, como surpreendeu no seu estilo um Aquilino, como nos surpreende hoje um Mia Couto. A força de amor (contido e profundo) com que acompanha a personagem até à morte, a compreensão com o entendimento de rara ternura, a ausência de qualquer julgar ou perdoar, são notáveis. Houve páginas, muitas, que me comoveram. Sabe tão bem olhar, sentir sem adjectivação fácil, inútil. Uma contenção justÃssima, inteligente, com subtil riqueza poética.»
Matilde Rosa Araújo
«Ao Redor dos Muros é um caso muito sério. […] É um romance de alguém que vai fazer história na Literatura Portuguesa e já começou. […] António Canteiro tem uma vocação rara de escritor. É sua, uma escrita rica de humanidade, de invenção vocabular que surpreende página a página, como surpreendeu no seu estilo um Aquilino, como nos surpreende hoje Mia Couto. […] Houve páginas, muitas, que me comoveram. Sabe tão bem olhar, sentir sem adjectivação fácil, inútil. Uma contenção justÃssima, inteligente, com subtil riqueza poética.»
Matilde Rosa Araújo (Escritora)
«António Canteiro pega nas personagens e leva-as ao colo, com muito carinho e muita ternura, como que a impedir que elas se magoem.»
Edite Tavares Garrido (Professora)
«Em Ao Redor dos Muros o à -vontade com que António Canteiro fala do Constâncio […] consegue momentos de grande impacto poético e mantém [a personagem] a rasar entre a inocência e a força. Somos constantemente remetidos para um tÃtulo do género de Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos, curiosamente, do patrono que lhe reconheceu o mérito de 1.º Prémio.»
Dora Parada (Adjunta na Direcção da Cadeia de Aveiro)
«O prémio literário Alves Redol 2009, atribuÃdo a Ao Redor do Muros, justifica-se pela notável capacidade de articulação da lÃngua portuguesa com o linguajar cigano no interior de uma construção romanesca simultaneamente inventiva e documental. É um romance muito agradável de ler, escrito simultaneamente com elegância e sentido de propriedade quanto à presença literária de diferentes códigos linguÃsticos. Finalmente, este romance é também um documento do nosso tempo, afirmando a diferença social da sua temática, numa altura em que a experiência da interculturalidade surge como instrumento de diálogo e tolerância.»
Júri do Prémio Alves Redol 2009 (Vitor Agostinho Figueiredo, Manuel Amador Frias Martins e Miguel Real)
O AUTOR
ANTÓNIO CANTEIRO é pseudónimo de João Carlos Costa da Cruz. Nasceu em 11 de Outubro de 1964 na freguesia de S. Caetano, concelho de Cantanhede.
Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior Miguel Torga, exerce a actualmente a profissão de Técnico Superior de Reinserção Social junto dos reclusos do Estabelecimento Prisional Regional de Aveiro.
Colaborou com vários jornais e editou na revista Em Comunicação, do Instituto de Reinserção Social, um trabalho sobre etnia cigana.
Autor premiado, recebeu já menções honrosas em prémios literários nacionais, designadamente com o romance Parede de Adobo e a sua poesia.
O romance Ao Redor dos Muros, agora publicado pela Gradiva, foi o grande vencedor do Prémio Alves Redol 2009 patrocinado pelo MunicÃpio de Vila Franca de Xira.