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AUTO-DE-FE A IGREJA NA INQUISICAO DA OPINIAO PUBLICA
978-989-622-498-1
«Houve um tempo em que a Igreja depunha os reis que não lhe eram submissos, anatematizava os infiéis e excomungava os hereges. Mas hoje, no inÃcio do terceiro milénio da era cristã, é a Igreja que se senta no banco dos réus da nova inquisição: a opinião pública. O papa, os bispos, os padres, os religiosos e os leigos são constantemente inquiridos sobre as razões da sua fé.»
«Talvez polémica nalgumas das suas afirmações, embora ortodoxa na sua essência, esta resposta pessoal não é contra nada, nem ninguém, porque, se enquanto cidadão e fiel cristão me cumpre a liberdade de expor a minha opinião, como padre não me compete julgar, nem condenar as pessoas, mas ser ministro da misericórdia de Deus para as absolver e, a todas, sem excepção, acolher, servir e amar.»
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
«Não era desafio fácil propor a um padre fazer um livro tão improvável. No entanto, quando lhe fiz a proposta do livro aceitou, sem condições nem limites. Aceitou, repito, sem qualquer recomendação, ou condição. (…) Respondeu sem sair da ortodoxia da doutrina que prega e nunca cedeu a uma linha condutora, muito usual, de dizer não o que se pensa, mas o que se considera que vai agradar a quem ouve e assim adaptar o discurso ao gosto de quem assiste.»
Zita Seabra
Autos-de-fé eram cerimónias públicas de execução das sentenças do Tribunal do Santo OfÃcio, a instituição criada pela Inquisição no século XVI, que mandava para a tortura, a condenação à morte e a fogueira qualquer suspeito de heresia. Eram grandiosos espectáculos, com pompa e um rigoroso cerimonial, ao qual presidiam as autoridades religiosas e civis.