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BRONCO ANGEL
978-989-671-285-3
Uma novela humorÃstica escrita sob o pseudónimo William Faulkingway, publicada como folhetim no jornal satÃrico «O Bisnau», na década de 1980.
«De uma forma ou de outra, quase tudo é riso em Fernando Assis Pacheco. Fazer troça da própria dor pode ser um poderoso analgésico. Uma pessoa sofre, uma pessoa comove-se, uma pessoa chora, mas no instante em que o sofrimento ameaça tornar-se autocomplacência é altura de sabotar a mariquice com uma boa gargalhada. A farsa é capaz de ser a arma mais eficaz de que dispomos perante a tragédia. Ou, pelo menos, a melhor maneira de lhe empatarmos o passo, já que o resultado final está escrito de antemão.» —Carlos Vaz Marques
«Eu nasci de catorze meses, que é assim um bocadinho prematuro ao contrário, e foi por causa que a minha mãe não queria alcançar mas depois distraiu-se e o meu pai disse:
"Olha, se for rapariga chama-se Custódia", mas nasci eu.
Quando eu nasci, a parteira olhou muito para mim e exclamou:
"Este moço é mais feio do que uma embalagem de fósforos de cozinha!"
Isto são coisas que eu ouvi contar e não ligo, porque realmente se fosse a ligar emigrava mas era para o Alasca e nunca mais punha os pés em Crow Junction, ora essa. A parteira nem levou dinheiro pelo serviço, ficou cheia de pena. Diz-se que disse à madrinha:
"Mais valia ter nascido de sete meses, para vocês se irem habituando. Agora de catorze…"»
Edição e prefácio de Carlos Vaz Marques
Ilustrações originais de João Fazenda