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CAMISAS AZUIS E SALAZAR, OS
Historia Narrativa nº 44
978-972-44-1872-8
Em Fevereiro de 1932, um grupo de estudantes fascistas criou em Lisboa um jornal académico, A Revolução. Quase todo o grupo fundador pertencia ao sector estudantil do Integralismo Lusitano, movimento monárquico de direita radical, fundado nos anos 10, sob inspiração da Action Française. Meses mais tarde, o grupo decidiu convidar para seu director Francisco Rolão Preto, o membro da Junta Central do Integralismo Lusitano que se encontrava mais próximo do ideal fascista que todos professavam. Lançado no Verão desse ano, o Movimento Nacional-Sindicalista rapidamente se organizou à escala nacional, sob a chefia carismática de Rolão Preto.
O Nacional-Sindicalismo, expressão do fascismo enquanto movimento em Portugal, foi um fenómeno polÃtico tardio. Fundado em 1932, em plena transição para um regime autoritário, representa o último combate de uma «famÃlia polÃtica» que desempenhou um papel importante no processo de crise e de derrube do liberalismo português, mas que foi secundarizada na edificação de uma alternativa ditatorial estável no inÃcio dos anos 30. Tão estável que a resolução desta crise acabaria por produzir uma das ditaduras de direita mais longa da Europa do século XX.