CANTICO A MINHA TERRA

Este é o livro que sempre desejei escrever. Inteiramente consagrado a Almeirim, é o único meio que tenho de dar alguma coisa à terra que me deu - Berço, Lar, Família, Beleza, Inspiração - e espero que me dê a Sepultura, a mesma em que repousa o martirizado corpo daquela que foi a minha Companhia Ideal na longa e penosa jornada.
Só não deu riqueza material porque eu nuca a procurei.
Busquei, sim, a riqueza espiritual, mas não a alcancei plenamente.
O Ideal humano é como o horizonte, que se afasa à medida que dele nos aproximamos. Ninguém sabe porque nasce numa terra e não noutra. Mas eu sinto que só poderia ter nascido aqui, como um lírio-triste que somente neste vale se daria bem.