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COMBATE DO COA, O
978-989-8219-22-0
Quando o marechal Massena, em Julho de 1810, começou a sua invasão de Portugal, encontrou logo pela frente uma formação do exército Anglo-Português de Wellington disposta num esporão de terreno que da fortaleza de Almeida se prolonga para sudeste até às proximidades da aldeia de Junça, com o rio Côa na sua retaguarda. Essa formação apresentava uma inovação táctica para a época, pois era uma divisão inteiramente composta de unidades de infantaria e cavalaria ligeiras, explorando a sua grande mobilidade no terreno, dotada de armas de tiro preciso e de longo alcance (carabinas de cano estriado ou rifles), em que a constante descentralização de comando e acção confiava na capacidade de iniciativa e combate individual de sub-unidades treinadas nesse sentido.
Era composta por batalhões dos Regimento 48.º e 51.º de infantaria ligeira e o 95º Rifles britânicos, Caçadores 1 e 3 portugueses, sendo a cavalaria ligeira representada pelos 1.º de Hussardos da King’s German Legion, alemão, e os 14.º e 16.º Regimentos de Dragões Ligeiros britânicos incluindo uma bateria de cavalaria volante ou a cavalo (Royal Horse Artillery) britânica. Comandada pelo lendário general Robert Craufurd, esta divisão virá a travar o primeiro combate de resistência aliada aos franceses em acções de grande mobilidade táctica na Guerra Peninsular.
O Autor explica-nos com grande erudição as condicionantes do combate terrestre na Guerra Peninsular, as práticas de apoio logÃstico sui-generis, a composição dos exércitos em presença, o factor tempo e as doutrinas desenvolvidas por Wellington, concluindo com uma avaliação das estratégias históricas usadas e do desempenho táctico.