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CORPORATIVISMO FASCISMOS ESTADO NOVO
978-972-404-751-5
A ideia de promover um debate académico sobre o tema do corporativismo assentou num propósito claro e ousado: reinscrever na historiografia portuguesa o estudo do sistema corporativo instituÃdo pelo Estado Novo, tomando-o enquanto doutrina e como realidade polÃtica e institucional concreta.
Retomando o fôlego de uma historiografia crÃtica sobre o Estado Novo, que nos anos 80 e 90 do século passado permitiu construir grandes linhas de interpretação sobre o tempo do salazarismo, será possÃvel compreender os contextos polÃticos que moldaram o funcionamento das instituições corporativistas e reinterpretar as suas funcionalidades polÃticas e de reprodução social. Muitos desses organismos revelaram-se pouco corporativos e próprios de um “capitalismo de organizaçãoâ€.
Modelo que, nas circunstâncias portuguesas de crise do Estado liberal, fez do corporativismo o seu principal instrumento de recomposição das classes dominantes e de reconstrução do Estado.
Fernando Rosas e Ãlvaro Garrido.