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DE ORBE PARA URBE
978-989-51-4721-2
"(…) nunca encontrei traço linguÃstico que se me tenha imposto como provindo necessariamente de um substrato africano".
(...)
“Confirma esta hipótese o facto flagrante de se verificarem estreitas afinidades em linguagens ultramarinas de formação portuguesa tão afastadas umas das outras, como o cabo-verdiano, o brasileiro, o indo-português e os crioulos da Ãsia e da Malásiaâ€.
(...)
"O lÃquido a apurar da questão é que é extremamente difÃcil afirmar com segurança se este ou aquele tratamento resulta do influxo especÃfico de lÃnguas não europeias. Parece-me que só quando dispusermos de uma bagagem de estudos que abranjam a linguagem das zonas ultramarinas que forneceram o substrato, a história das suas culturas, as relações entre lÃngua e cultura, entre raça e cultura, as circunstâncias do povoamento e da vida histórica das sociedades formadas com o descobrimento europeu, poderemos determinar a medida em que as lÃnguas não europeias contribuÃram para a fisionomia actual de tipos de linguagem ultramarina como os crioulosâ€. BLS introdução ao D.L.