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DEFESA DE LISBOA, A
978-989-8219-48-0
As Linhas de Defesa de Lisboa foram um conjunto de extensas obras de engenharia militar concebidas em 1809 e continuamente mantidas em construção até 1814. O sistema defensivo era composto por seis linhas, sendo as duas primeiras, designadas por Linhas de Torres Vedras, as mais importantes, mais desenvolvidas e mais guarnecidas, construÃdas aproveitando a morfologia acidentada da zona entre o rio Tejo e o Atlântico. Uma terceira linhas situava-se num perÃmetro envolvente do Forte de São Julião, em Carcavelos, protegendo uma crucial zona de embarque. Uma quarta defendia os limites da cidade de Lisboa. A quinta linha defendia a margem sul do Tejo, entre Almada e Caparica, de costas para proteger a penÃnsula de Setúbal, mas em 1810 ainda só existiam algumas fortificações acabadas nos arredores de Setúbal. Estas duas últimas linhas deveriam proteger uma eventual penetração inimiga vinda através do Alentejo e a atividade marÃtima em Lisboa. Portugal não podia ser defendido de uma invasão militar napoleónica nas suas extensas e abertas fronteiras. Wellington adoptou por isso uma estratégia de defesa em profundidade, com pequenos combates de retardamento e um grande combate na serra do Buçaco, atraindo as forças invasoras do marechal Masséna para as Linhas de Torres Vedras, que haviam sido construÃdas em grande segredo. Os exército de Masséna nunca conseguiu penetrar nas Linhas e, após um prolongado desgaste táctico, a sua muito reduzida força foi obrigada a retirar de Portugal, sempre perseguida pelo Exército Anglo-Português com combates constantes.