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DO AMOR
978-989-541-116-9
«Vemos que a matemática de Stendhal se torna imediatamente complicadÃssima: a quantidade de felicidade é por um lado uma grandeza objectiva, proporcional à quantidade de beleza; por outro é uma grandeza subjectiva, na sua projecção à escala hipermétrica da paixão amorosa. Não é em vão que este capÃtulo XVII, um dos mais importantes do nosso tratado, se intitula "A beleza destronada pelo amor".
Mas então até na beauté passa a linha invisÃvel que divide todos os sinais e podemos aà distinguir um aspecto objectivo - aliás difÃcil de definir - de quantidade de beleza absoluta, e o aspecto subjectivo do que é belo para nós, composto de "cada nova beleza que se descobre em quem se ama".
A primeira definição de beleza que dá o tratado, no capÃtulo XI, é "uma nova capacidade de dar prazer". Segue-se uma página sobre a relatividade do que é beleza, exemplificada com duas personagens fictÃcias do livro: para Del Rosso o ideal de beleza é uma mulher que a todo o momento sugere o prazer fÃsico, e para Lisio Visconti deve incitar ao amor-paixão.» Italo Calvino sobre "Do Amor", em Porquê Ler os Clássicos