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DO PANTANO NAO SE SAI A NADO
978-989-616-599-4
Passados todos estes anos, reveladas, enfim, por tantas situações, o carácter, as capacidades e as compreensÃveis limitações dos seus protagonistas «oficiais», reforça-se o sentimento ou mesmo a convicção de haver algo ainda por contar na história do 25 de Abril. Terá sido habilmente construÃdo, aquilo que cada vez mais se apresenta como lenda dos capitães de Abril?
A verdade é que vão desaparecendo, sem a narrar, aqueles que poderiam ter contado a verdadeira história. Porventura os seus verdadeiros arquitectos e decisores.
Neste livro, uma personalidade que foi protagonista e teve um convÃvio privilegiado com os acontecimentos e os actores polÃticos da época vai mais longe, formulando dezenas de perguntas de difÃcil resposta sobre razões e consequências de acontecimentos que acompanhou pessoalmente ou dos quais teve conhecimento por fontes fidedignas, perpassando pelos consulados de Salazar e Marcelo Caetano, a crise do Regime da Constituição de 1933, a envolvência da Revolução de Abril, fixando-se concretamente sobre os que terão podido ser, pelas qualidades pessoais e estatuto, os seus verdadeiros mentores, para depois se focalizar em episódios da gradual consolidação democrática e finalizar com uma perspectiva sobre o futuro de Portugal a partir da eleição do próximo Presidente da República.
Ao perfil de personalidades com quem conviveu e à exactidão de factos concretos, muitos dos quais pouco conhecidos da generalidade das pessoas, adiciona a formulação de interrogações que desafiam o leitor a encontrar por si as melhores respostas para ocorrências nunca credivelmente explicadas. Numa linguagem acutilante, visa, como diz,despertar a bela adormecida, enfrentando decididamente as meias verdades que convenientemente foram sendo transformadas em lugares-comuns.