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EMIGRANTES
978-989-623-171-2
NOVA EDIÇÃO DE UMA DAS OBRAS FUNDAMENTAIS DA LITERATURA PORTUGUESA
INCLUI TEXTO AUTOBIOGRÃFICO «Pequena História de Emigrantes»
«Assim são os livros de Ferreira de Castro: como uma árvore que amamos, de muito
a ter absorvido na paisagem e no lugar da nossa vida.»
AUGUSTINA BESSA-LUÃS
«Em todas as aldeias próximas, em todas as freguesias das redondezas, havia o mesmo anseio de emigrar, de ir em busca de riqueza a continentes longÃnquos. Era um sonho denso, uma ambição profunda que cavava nas almas, desde a infância à velhice. O oiro do Brasil fazia parte da tradição e tinha o prestÃgio duma lenda entre os espÃritos rudes e simples. Viam-no reflorir nas igrejas, nos palacetes, nas escolas, nas pontes e nas estradas novas que os homens enriquecidos na outra margem do Atlântico mandavam executar.»
«(...) Todas as gerações nasciam já com aquela aspiração, que se fazia incómoda quando não se realizava. Acocorava-se no canto da alma, como um talismã, usável em momentos de desafio à sorte, ou como um bordão, para os instantes de soluções desesperadas.»
SOBRE "EMIGRANTES":
«A sua obra fecha um ciclo que a Peregrinação do Fernão Mendes Pinto abrira. E inicia outro que os nossos filhos verão cumprir-se. Ao optimismo expansivo do Mendes Pinto, os "Emigrantes" opuseram a reflexão pungente que a abordagem do real hoje suscita. À ascensão, a depressão. Aos damascos opulentos, a lã ancestral dos tosquiadores de Viriato.» MÃRIO SACRAMENTO
«"Emigrantes" é o relato veemente de uma viagem existencial de ida e volta, que desagua no coração das trevas, que um sol negro ilumina, e onde o sonho mirra e a vida seca.» EUGÉNIO LISBOA
«A delicadeza com que Ferreira de Castro traça almas!» JOAQUIM LEITÃO in Diário de Lisboa
«(…) páginas vibrantes, cheias de vida, de emoção, laivadas de tragédia, enegrecidas de derrota (…)», AUGUSTO NAVARRO in Jornal de NotÃcias
«Com Emigrantes surgiu em Portugal, essencialmente sem antecedentes, uma expressão precursora do romance moderno de inspiração populista e de sugestão
ético-social que viria a tomar forma mundialmente representativa em escritores de poderosa expressão – entre os quais se poderá apontar como exemplos flagrantes John Steinbeck e Jorge Amado – e em que se renovava, com idêntica força da
universalidade no seu poder de comunicação de massa, a lição perenemente fecunda de Zola e de Gorki.», ÃLVARO SALEMA in Ferreira de Castro – A Sua Vida, a Sua Personalidade, a Sua Obra