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ENTRE DOIS IMPERIOS VIAJANTES BRITANICOS EM GOA 1800 1940
978-989-671-294-5
De um lado, a Ãndia britânica, no auge do seu projecto imperial; do outro, a Ãndia portuguesa, em declÃnio acentuado. Para os viajantes britânicos dos séculos XIX e XX, ir à «Ãndia do lado» significava transpor fronteiras espaciais e, sobretudo, temporais.
Nesta época, a Ãndia portuguesa — e Goa em particular — sugeria aos ingleses duas perspectivas: tanto servia de lição histórica sobre os erros a evitar para manter a dominação colonial, como era a ruÃna-relÃquia que nas mãos dos britânicos poderia tornar-se um centro de prosperidade.
Em qualquer destas visões, Goa surgia como um lugar diferente, hÃbrido, com fronteiras fluidas entre o português e o indiano, e com abundantes sinais visÃveis dessa mistura — na arquitectura, na música, na roupa, nas práticas religiosas, na lÃngua, na cultura intelectual, no corpo.
Duas viajantes?escritoras, o prÃncipe de Gales, a mulher de um cônsul, vários governadores, reverendos anglicanos, diplomatas, militares, funcionários administrativos e cientistas — foram vários os britânicos que fizeram da sua viagem a Goa uma comparação entre dois impérios.