16.11 €
ERRO DA OTA, O
978-972-8799-67-0
A resolução governamental de localizar na Ota um Novo Aeroporto de Lisboa desencadeou "o processo democrático menos transparente em Portugal no pós-25 de Abril". A decisão de avançar com a Ota, tomada em 6 de Julho de 2005, e a sua apresentação pública, despertou o que nunca antes se vira em 30 anos de Democracia: uma discussão generalizada e transversal sobre a relação entre os custos e os benefÃcios dessa infra-estrutura e as suas implicações para o futuro do paÃs. Estes debates trouxeram uma nova atenção ao território nacional e um interesse pelo seu ordenamento e defesa. O panorama traçado pelos autores revela, em primeiro lugar, que só uma visão global do ordenamento do paÃs nos livra do "erro da Ota". Não está apenas em jogo decidir se o novo aeroporto de Lisboa deve ser grande e substituir o da Portela; se deve ser mais pequeno e servir os voos de Baixo Custo e combinar-se com o actual, na solução Portela +1; ou se deve haver um novo aeroporto na grande banda de território plano entre Tejo e Sado que vai desde o Campo de Tiro de Alcochete até à Marateca. Uma vez "lido o território" resulta evidente o "erro da Ota". A começar pela obra de engenharia. O "Ota acima de tudo" acarreta uma deficiente polÃtica nacional de transportes ferroviários. Foi uma decisão mal preparada por sucessivos governos; mal fundamentada do ponto de vista técnico; acompanhada da ocultação e da manipulação de estudos; e desacompanhada por precauções relativamente à especulação fundiária: a Ota contraria toda e qualquer normalidade de procedimentos de "bom senso".. Este livro avança para propostas alternativas, que não podem ser definitivas mas que nem por isso são menos convincentes, pois os autores respeitam os princÃpios básicos de prospectiva, que introduz cenários alternativos ao planear o futuro, a fim de prever a mudança de situações e permitir respostas mais robustas. Os autores deste livro "sentem o território nacional", têm uma visão convergente do sistema integrado de transportes, estão preocupados com a relação de custos--benefÃcios e consideram que o mais importante é assegurar um futuro sustentável para as populações. Por isso não receiam enunciar algumas verdades paradoxais, daquelas que os "planificadores das matrizes" não querem saber.