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ESCRITOS SOBRE O TERRAMOTO DE LISBOA
972-40-2535-7
Ao trazer o terramoto de Lisboa da esfera do transcendente para o domÃnio da ordem natural, Kant tentou mostrar-nos que, ao invés de procurar no desastre significados ocultos, deverÃamos antes aperfeiçoar formas de coexistir com o risco da sua repetição. A mensagem continua actual, mormente porque os destinatários se revelam renitentes.
O jesuÃta Gabriel Malagrida, némesis de Sebastião José de Carvalho e Melo, comentou nos seguintes termos a hipótese de o terramoto ser um fenómeno natural: «Nem o Diabo inventaria uma maneira mais certa de nos levar à perdição.» A mensagem de Malagrida, mais do que a de Kant, terá ficado plasmada na memória colectiva dos portugueses. Razão de sobra, se outras não existissem, para ler o que Immanuel Kant e outros expoentes do Iluminismo escreveram sobre o terramoto de Lisboa de 1755.
(Do Posfácio)