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FELIZ VERAO DA SENHORA FORBES, O
972-20-1809-4
Pela tarde, de regresso a casa, descobrimos uma enorme serpente marinha com a garganta entalada na nossa porta, e a serpente era florescente e negra, dir-se-ia um malefÃcio de ciganos, com os olhos ainda vivos e os dentes de serrilha nas mandÃbulas escancaradas. Eu andava então pelos nove anos, e senti um terror tão intenso ante aquela aparição de delÃrio que a voz me ficou estrangulada. Mas o meu irmão, que era dois anos mais novo do que eu, largou as garrafas de oxigénio, as máscaras e as barbatanas e desatou a fugir com grito de pavor. A senhora Forbes ouviu- o a meio das tortuosas escadas de pedra que trepavam dos recifes do embarcadouro até casa, e correu até nos alcançar, arquejante e lÃvida, tendo-lhe porém bastado ver o animal crucificado na porta para compreender a causa do nosso horror