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FREDERICO E EU
978-989-51-6205-5
Os barcos saÃam para a faina quando a noite caÃa. Vê-los sair a barra era seguir o rastro de prata que só a água inventa no espÃrito do homem. Ãgua e prata foram a réstia da vida de Frederico, foram a saga e o destino de um povo.
– Lembras-te –, Lália, aquele meio-dia de Junho em que cheguei a casa, um cesto cheio de sardinhas, roliças algumas, amarfanhadas outras – que a escolha não é possÃvel na dádiva das sobras – e, faminto de ti, te encontrei embrulhada em algas que destapei e fizemos um castelo de amor. As sardinhas gritavam por nós porque na força de nos diluirmos a voz ficara presa em redes e redes esvoaçantes no espaço.