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FUTURISMO ITALIANO, O
972-21-1290-2
O objectivo deste ensaio, e provavelmente a sua principal novidade, é provar que, bem ao contrário do que muitos têm apressadamente afirmado, o futurismo marinettiano não foi, na realidade dos factos, um precursor do regime fascista instaurado por Mussolini na Itália dos anos vinte — cuja importância se situa na influência que como matriz não tardará a exercer na Europa, nomeadamente em Portugal. Ou seja, se é certo que podem ser detectados nos escritos do primeiro fascismo — um fascismo ainda marcado por preocupações socializantes, que pretendia de certo modo emular e competir com o Partido Socialista — aproveitamentos oportunistas das ideias propugnadas por Marinetti, sobretudo as expressas no Manifesto-Programa do Partido PolÃtico Futurista, absolutamente nulas serão as influências exercidas quer pelo futurismo quer pelo seu leader ao longo dos vinte anos de regime e de prática da ditadura fascista, muito mais próximos da retórica grandiloquente de Gabriel D’Annunzio.