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GASOLINA
978-972-695-787-4
Sobre um pano de fundo de uma Nova Iorque desfocada e abstracta, Gasolina começa com uma sucessão de rajadas da vida de Heribert, um pintor que se encontra no cume de uma fama conquistada a pulso. Vamos encontra-lo, num primeiro de Janeiro, entre os lençóis da cama da sua amante, com a vaga impressão de que, para além da mudança de ano, mudou também o olhar com o qual observava o mundo: os objectos que o rodeiam surgem-lhe cada vez mais distantes e injustificáveis, quanto mais distante e sem justificação se comporta ele próprio. Pela primeira vez na vida perde a vontade de pintar. Aborrecido, dorme enquanto faz amor. Como um fantasma passeia-se por cocktails e parties - entre os sorrisos e palmadinhas nas costas de pintores e marchands -, descobre que Helena - que é ao mesmo tempo sua mulher e sua galerista - o engana com um pintor novato, e encontra-se desarmado na hora de seduzir uma adolescente (e é ela que o seduz a ele, que, apático se deixa seduzir). Entretanto... «Quim Monzó é reconhecido como uma das mais provocates vozes da actual literatura europeia.» - World Literature Today «Monzó não deixa de ter ideias novas, de inventar novas situações, de nos fintar, de nos divertir.»- La Quinzaine Littéraire «Um escritor talentoso, enquadra-se bem na riquÃssima tradição surrealista espanhola para deliberadamente colocar um paranóico sentido de ameaça no aparentemente mundano dia-a-dia, mantendo uma qualidade lÃrica e visionária à sua imaginação.» - New York Times «Como Nabokov, Monzó tem o virtuisismo que lhe permite jogar desesperadamente com as palavras e utiliza o ferrão de dor que perfura a máscara do seu humor mais irreverente» - Le Monde