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GENTE QUE ANDA POR AI
Outras Margens nº 30
972-21-1633-9
Esta obra foi concebida e escrita com a intenção de dar à nossa juventude leitora outras fontes da cultura e da linguagem nos vários nÃveis académicos em que ela se bate pela vida e onde adquire alguma informação mais enriquecedora do que aquela que as actuais deficientes circunstâncias que a rodeiam lhe permite. Mas foi também concebida para que funcionasse como um contributo que a afaste de uma tendência que parece querer considerar «Literatura Angolana» apenas o que se passa em Luanda, o que é redutor da cultura de Angola. Por isso a obra tem três partes: a primeira feita a partir de sonhos que o autor sonhou e julgou serem realidade angolana, mesmo quando se passavam em Paris ou em Havana; a segunda contendo várias maneiras de ficcionar em torno da realidade; e a terceira constituÃda por contos tradicionais que foram contados ao autor — ou cantados — no estilo próprio do narrador tradicional, ou mesmo totalmente por aquele fantasiados. Em suma, este trabalho representa um esforço para globalizar diversos vectores da cultura. Justamente à procura da atrás mencionada «Cultura Nacional».