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IDIOTA, O
978-972-23-2766-4
Após uma longa ausência de São Petersburgo, o prÃncipe MÃchkin retorna ao seu paÃs.
Oficialmente sofre de um estado de depressão nervosa, o que serve para evitar equÃvocos quando à real condição do prÃncipe: este padece de uma forma totalmente idiota de ser, que se torna visÃvel na mais pequena demonstração da vontade que carece ter. Consequentemente à falta de decisão e vontade própria, MÃchkin tem uma confiança ilimitada naqueles que o rodeiam. No decorrer da sua viagem conhece Rogójin, um exuberante e abastado jovem de quem se faz amigo. Rogójin entretém o prÃncipe com o desenvolver da sua ardente paixão por uma certa Nastássia FilÃppovna, mulher bela e generosa, mas de reputação duvidosa. Ao chegar a casa do general Epantchin, MÃchkin ouve falar nova-mente de Nastássia e apercebe-se que Gánia, o jovem secretário do general, pretende desposá-la pelo seu dote. O prÃncipe sente o desejo irresistÃvel de a encontrar, o que acontece na casa de Gánia. Segundo o seu entender, Nastássia não merece casar com um homem que não a ame, que queira apenas o seu dinheiro, como é a intenção de Gánia. Entretanto um embriagado Rogójin oferece a FilÃppovna uma enorme quantia de dinheiro para que ela fique com ele. MÃchkin percebe o desespero em que a jovem mulher se encontra e pede-a em casamento para a salvar da perdição total, mas Nastássia acaba por se render e fugir com o rico mercador. Os dois homens, anteriormente unidos por uma cúmplice amizade, tornam-se temÃveis rivais. Rogójin tenta mesmo assassinar MÃchkin. Entretanto, Aglaia, a filha mais nova do general Epantchin, declara o seu amor a MÃchkin. O prÃncipe não fica indiferente a tamanha manifestação, e chega mesmo a acreditar que se encontra apaixonado por ela. Mas Nastássia não suporta a ideia de ter uma rival no coração de MÃchkin e aceita desposá-lo. Rapidamente MÃchkin renuncia do seu amor por Aglaia para salvar Nastássia. No dia do casamento, a noiva foge novamente com Rogójin, que acaba por matá-la. A história iniciada com o encontro de MÃchkin e Rogójin desfecha-se com um reencontro dos mesmos junto do corpo inerte de Nastássia. O prÃncipe, que encontra Rogójin banhado em lágrimas de arrependimento, acaba por soçobrar num estado de demência total. Ao fazer de MÃchkin uma espécie de encarnação ideal da bondade e da humildade, um héroi entre as figuras de D. Quixote e Jesus Cristo, Dostoiévski demonstra o que pode suceder a um homem genuinamente bom quando posto em confronto directo com a pérfida realidade envolvente. Publicado em 1869, «O Idiota» é, dos cinco grandes romances de Dostoiévski, o mais perfeito a nÃvel estilÃstico e de construção dos personagens, mas também o mais incompreendido na sua época. «O Idiota» retrata o conflito sentimental sem resposta entre o bem, o belo, o mal, o ódio, a aversão e o rancor, que, com o seu génio, Dostoiévski trata de uma forma única e intemporal.