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Um dos mais controversos pensadores do século XX, Carl Schmitt, dizia que a noção de polÃtico se consubstancia na distinção entre amigo e inimigo. O adversário polÃtico é, obviamente, o «inimigo público», e não o mero opositor individual. Trata-se, no fundo, daquele que declara ser hostil a toda a comunidade, ou que é assim tido por ela.
A ascensão de Usama bin Laden à s primeiras páginas da polÃtica internacional, e até interna, actualiza esta discussão, bem como uma outra: novamente segundo Schmitt, um risco mortal das novas batalhas ideológicas e morais é o da criminalização do inimigo, e ainda o da transformação do conflito em guerra total, sem regras nem fronteiras, onde tudo é permitido. De outra maneira, «entrar em guerra» contra o terrorismo, em sentido próprio, significa, não tratá-lo como caso de polÃcia, mas reconhecê-lo como adversário, também com todos os riscos inerentes.
Raciocinando sobre estas categorias, baseando-se numa importante bibliografia, em dados e informações novas, ou até agora reservadas, e em investigações em curso, o autor procura depois debruçar-se sobre a realidade do terrorismo apocalÃptico, mais de um ano depois do 11 de Setembro. Estuda detalhadamente as raÃzes e influências, as teses sobre a origem do nome, o programa e o objectivo, os meios, a implantação internacional e a estrutura da «Al Qaeda», reflectindo sobre os próximos capÃtulos de uma telenovela que continua a abalar o mundo.