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ISLAO NA EUROPA, O
972-8816-87-1
A Europa é hoje "terra do Islão" devido à presença de cerca de 15-20 milhões de Muçulmanos na Europa Ocidental. Quando os imigrantes muçulmanos chegaram à Europa, eram vistos como parte de um fenómeno temporário e passageiro. Não se imaginava que o Islão viesse a tornar-se parte integrante da paisagem cultural e religiosas e que os Muçulmanos reclamassem um lugar legÃtimo no espaço europeu.
Nos anos 70, tornou-se claro que a integração polÃtica e religiosa das comunidades muçulmanas não decorreria nos moldes do modelo secular da Europa ocidental. Nos anos 80, o aumento demográfico das populações muçulmanas e o desenvolvimento de organizações muçulmanas, especialmente a construção de mesquitas - a parte mais visÃvel dessa presença - fizeram com que os Europeus tomassem consciência que o Islão tinha vindo para ficar. A crescente afirmação cultural destas comunidades, aliada a uma incapacidade ou relutância de assimilarem a cultura ocidental dominante, alimentam os receios dos Europeus que temem a perda da homogeneidade étnica e cultural.
A Europa desempenha um papel fundamental como lugar de criação de ideias que estão a redefinir o panorama ideológico do mundo muçulmano. Surgiu uma inteligência muçulmana que exige o reconhecimento público da sua presença e dos seus direitos. Estas comunidades estão no centro do debate sobre o papel polÃtico do Islão na sociedade contemporânea.
Há compatibilidade entre os valores islâmicos e os princÃpios seculares de organização da sociedade ocidental? O Islão deve forçosamente ser "polÃtico"? O futuro do Islão passa pelo domÃnio dos fundamentalistas? Para os Muçulmanos é admissÃvel a existência e a vivência num Estado secular? Tratam-se de questões que só o futuro poderá dar resposta. O problema coloca-se desde logo demograficamente: daqui a 30 anos, 20% da população europeia será muçulmana.