12.00 €
JUNG A CONSCIENCIA DO NOSSO EU
978-972-731-203-0
Jung, tal como os românticos, compreendeu a consciência como a expressão da relação unitária entre o homem e o Todo, bem longe de ser separado do mundo exterior, o mundo interior só existe para ele e nele. Nesta obra apreendemos as várias contribuições de Jung para a psicologia e que, uma das mais importantes para o pensamento contemporâneo, é o de ter reconhecido a realidade da alma, no sentido de consciência, redescobrindo através da sua prática analÃtica, a ideia muito antiga de alma como realidade substancial e como Alma do Mundo, na qual o homem está inserido e da qual a sua alma individual é uma combinação original da totalidade divina.
Figura e obra de C. G. Jung estão há mais de dez anos novamente no centro do interesse público.
Na Alemanha, autores populares como Franz Alt e Eugen Drewermann recorrem à autoridade de Jung, enquanto que nos EUA a obra deste há muito constitui os fundamentos teóricos do movimento New Age. Ninguém ousaria vaticinar este inesperado sucesso, quando nos tardios anos 60 a obra de Sigmund Freud ocupou o centro de uma revolução cultural na Alemanha. Os novos e constantes encadeamentos de ideias não podiam saciar a fome de histórias e imagens que se traduziu nomeadamente no sucesso de O Senhor dos Anéis de Tolkien e Momo de Michael End. Para além disso todo o palavreado relativo a«compreensão», «aceitação», «confiança» e «amor» com origem nos conceitos de psicoterapia conversacional de Carl Rogers não pôde apaziguar a procura, já em movimento, de um sentido para além do estabelecido. Face à crise ecológica, a um novo olhar sobre as ciências exactas, à realização no campo religioso, nada podia e pretendia dizer. Quando no final deste desenvolvimento surgiu uma «psicologia transpessoal», prometendo integrar religião, ciências exactas e a auto-realização individual, estava apenas a articular aquilo que o aluno de Freud, C. G. Jung, havia já esboçado, aprofundado e experimentado há cinquenta anos.
Para além do mais, a teoria do inconsciente de Jung foi sobretudo muito mais que a expressão de uma revolta contra Freud e respectiva obra. C. G. Jung foi o renovador conservador de uma grande tradição. Na sua obra, a tradição ocidental e sobretudo romântica do inconsciente completam-se e aperfeiçoam-se.