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MAIAS, OS
978-972-0-04957-5
Trata-se da obra-prima de Eça de Queirós, publicada em 1888, e uma das mais importantes de toda a literatura narrativa portuguesa. Vale principalmente pela linguagem em que está escrita e pela fina ironia com que o autor define os caracteres e apresenta as situações. É um romance realista (e naturalista), onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a catástrofe próprias do enredo passional.
A obra ocupa-se da história de uma famÃlia (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois na última geração e dando relevo aos amores incestuosos de Carlos da Maia e Maria Eduarda.
Mas a história é também um pretexto para o autor fazer uma crÃtica à situação decadente do paÃs (a nÃvel polÃtico e cultural) e à alta burguesia lisboeta oitocentista, por onde perpassa um humor (ora fino, ora satÃrico) que configura a derrota e o desengano de todas as personagens.