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MEU AMANTE DE DOMINGO, O
978-989-671-237-2
«A voz da protagonista é tão forte, e o desassombro ao falar de sexo tão incomum, que a leitura do romance corre o risco de ficar demasiado presa a essa dimensão. Se Joyce multiplicava o mundo, acrescentando camadas ao seu texto em vez de o rarefazer, como Beckett, então Alexandra neste livro está claramente mais próxima de Joyce, a quem de resto pede emprestado o artifÃcio do fluxo de consciência. Seria uma injustiça que a complexidade formal do livro, e os seus muitos nÃveis de leitura, ficassem ofuscados pela originalidade de uma personagem sem par na literatura portuguesa recente.», José Mário Silva, «Expresso»
Uma mulher está decidida a matar um homem, entre a sua casa no Alentejo e as idas a Lisboa, ao domingo. Durante um mês, no Verão de 2014, acompanhamos os planos de tortura, o livro que ela decide escrever e os vários cúmplices: amantes e amigos, vivos e mortos, incluindo Nelson Rodrigues, Balzac e Joyce. O alvo da vingança é um caubói.
«Alguém com uma vingança nunca está sozinho. Uma espécie de negativo da paixão, destruÃda a fotografia. O que foi luz é escuridão, o que foi escuridão é luz. É dessa energia reversa, adversa, que brota a pulsão de um amante: o pau como manguito à morte.»