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MEU CANCRO MORREU E EU RENASCI, O
978-989-51-2404-6
Há fases na vida que são um verdadeiro tormento.
Com um cancro de mama aos 35 anos
a minha relação conjugal termina
e o meu pai morre.
A vontade de morrer passou a ser maior do que a de viver.
Nesta luta de forças desiguais onde se vence ou se morre é importante criar ferramentas de sobrevivência - manter a força positiva, a vontade de vencer e acreditar sempre que ter um cancro não é sinónimo de se deixar de viver.
Sentia-me perdida, confusa, declaradamente apavorada e sem rumo, a minha bússola estava avariada, não tinha ponteiros e a rosa-dos-ventos estava ilegÃvel. ReconstruÃ-la exigiu de mim uma entrega profunda a nÃvel pessoal – fÃsica, mental e espiritual – que me permitiu conhecer-me na Ãntegra, quais as minhas capacidades, saber ser inteligente agarrando-me à s coisas boas da vida e descartando as más. No fundo foi um reaprender a viver ao mesmo tempo que ia recriando uma nova personalidade para me tornar na mulher que sou hoje.