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ONDE PARA O ESTADO
978-989-8236-11-1
Se alguma constatação se pode retirar destes longos e conturbados meses de crise financeira e económica é a de que os Estados nacionais se transformaram num dos pilares fundamentais do sistema económico. No fundo eles nunca deixaram de ter essa unção; a grande diferença é que anteriormente não existia este reconhecimento generalizado. De repente, os Estados emergiram no centro do sistema financeiro como os salvadores inevitáveis de todo um sistema desacreditado que entretanto entrava em colapso. Curiosamente, o Estado que foi posto de lado por parte do discurso, que não da acção neoliberal, e visto como o elemento perverso que sempre deturpou a sã espontaneidade dos mercados, sofreu uma repentina reabilitação como uma instituição essencial e incontornável para a boa saúde dos mercados. Se até há bem pouco tempo se anunciava que a Economia não passava pelo Estado, agora proclama-se que a Economia não pode passar sem o Estado.