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OPERACAO VOO DA AGUIA
978-989-51-4735-9
OPERAÇÃO VOO DA ÃGUIA é um argumento para um filme, cuja ideia nasceu após a compilação de duas dramatizações promanadas de factos verÃdicos, extraÃdos de notÃcias dos jornais caboverdianos online.
A primeira dramatização, intitulada de Droganesa, relata os episódios ocorridos durante uma operação policial, em Julho de 2005, no Aeroporto Internacional AmÃlcar Cabral, na ilha do Sal. Trata-se da maior apreensão de droga, até então, realizada no arquipélago caboverdiano. Três cidadãos estrangeiros: um espanhol, um francês e um português foram detidos na posse de mais de sessenta quilos de cocaÃna.
E Feitiço Virou Contra Feiticeiro, a segunda dramatização que compõe este argumento, narra as aventuras de um chefe da polÃcia, prepotente, arrogante e corrupto, que acaba preso e algemado, acusado de crimes de tráfico de arma e de droga, falsificação de notas, abuso de autoridade, homicÃdio, denúncias caluniosas, entre outros.
O mistério, ou o calvário dos implicados nas duas obras dramáticas, começa com cenas toldadas de episódios surreais, quiçá rocambolescos, cotejadas ao tempo das ficções bizarras, numa odisseia entre o arquipélago de Cabo Verde, Portugal, Guiné Bissau, São Tomé e, até no interior de uma avioneta preste a descolar-se rumo ao Gabão.
Uma das personagens chave do enredo, a autointitulada perfecionista, Droganesa, além de confessar o crime de forma integral e sem reserva, colabora ativamente com a justiça, dando pistas para que os demais integrantes da rede fossem identificados, detidos, julgados e condenados. Beneficiada do bónus acordado com o procurador da república, a sua pena é significativamente reduzida e lhe é dada a possibilidade de mudar de identidade e de fisionomia por via de uma cirurgia plástica. Essa confissão resultará na detenção de um proeminente advogado da capital que, acaba por despir a capa preta do causÃdico e sentar-se no banco dos réus para depois de enclausurado numa cela presidiária, responderá pelas acusações de tráfico internacional de estupefacientes e de pertencer a uma rede organizada de criminosos. É libertado, porém, poucos meses depois, por acórdão do supremo tribunal de justiça, ao verificar erro processual grosseiro durante execução de um mandado de busca domiciliar.
Droganesa encontra-se em liberdade condicional desde outubro de 2013 e, os restantes estão em reclusão, cumprindo penas de 19, 18, 17, 12 e 6 anos de prisão. Desta sentença são declarados a favor do Estado, os seguintes bens dos arguidos: 20 prédios urbanos, 6lotes de terreno e 5 viaturas de gama alta.