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OPERETA DOS VADIOS, A
978-972-46-2026-8
De repente, o PaÃs ficou de sobrolho carregado. Zangado. A bancarrota revolveu os intestinos da polÃtica e entregou ao Povo um sarilho cheio de fome. A democracia, com a barriga cheia de teias de aranha, desatou a vomitar vermes. De testa franzida. Fazedores de milagres. Gente que perdeu a virtude do riso. Portugal transformou-se num protectorado alemão e o Zé Francisco, velho anarquista, exilado em Paris, com os seus amigos de sempre, vindos de todos os lados da polÃtica decidiram criar um novo partido polÃtico, dispostos a ganhar as próximas eleições. Um grupo de vadios intelectuais, sem eira nem beira, olhando desesperados para os sonhos antigos desfeitos em cinzas. E avançam, munidos de armas terrÃveis. A mais letal de todas elas é a gargalhada. Sem programa polÃtico, que é caro e ninguém lê, distribuem arroz PUN, provocam o riso e os vadios riem de si próprios. A democracia dos homens sisudos e sérios, cheia de cangalheiros formatados no mesmo fato de ideias feitas, estremece. A Direita e a Esquerda, ou vice-versa, embasbacam perante este movimento que sacode o paÃs e lhe mata a fome. No meio da desorientação a polÃcia erra os alvos e os comentadores estrebucham quando são confrontados com um bando de bem dispostos.