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OUTRO LADO DA GUERRA COLONIAL, O
978-989-626-674-5
AS PERIPÉCIAS E AS BOAS RECORDAÇÕES DOS MILITARES PORTUGUESES NO ULTRAMAR.
Entre 1961 e 1974, o regime português enviou para Ãfrica uma geração inteira de jovens inexperientes na vida e no manejo das armas. Que realidade encontraram naquele continente desconhecido? O que faziam no tempo livre? Que episódios trouxeram para contar? O cabo Domingos, conhecido como Belle Dominique, rapidamente percebeu que a vida fora do quartel tinha mais encanto e arranjou maneira de só lá ir uma vez por mês. No resto do tempo, gozava a vida e pagava aos colegas para o substituÃrem nos turnos do quartel. Um dos pontos altos dessas escapadas foi um certo
desfile de Misters em trajos femininos em casa de um amigo…
Um outro soldado não morreu afogado porque conseguiu abraçar-se a um peixe moribundo que flutuava rio abaixo. Ou seja, o animal – mesmo morto – tinha salvado um homem… O ator João Maria Pinto fez a guerra com armas alternativas. Combateu no Ultramar, sem dúvida, e com todo o empenho, mas as armas que usou foram a voz e aguitarra. A autora, que entrevistou mais de 50 militares de carreira, milicianos e também artistas como Rui Mendes, VÃtor Norte, Manuela Maria ou Io Apolloni, mostra-nos que ainda há muito por contar sobre o conflito português no Ultramar: as histórias insólitas, divertidas ou caricatas, as
condições logÃsticas e o “desenrascançoâ€, as
namoradas e as prostitutas, os acidentes e a vida boémia, as saudades de casa e o convÃvio com povos e costumes tão diferentes dos portugueses.