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PELA BOCA MORRE O PEIXE
978-989-626-058-3
«Não sou Maria-vai-com-as-outras, mas gosto imenso que elas venham comigo.»
Santana Lopes
«Jardim, queres dinheiro Vai ao Totta?»
Cavaco Silva
Nestes anos de democracia conhecemos vários lÃderes partidários, primeiros-ministros, presidentes da República, em suma, polÃticos. Uns brilhantes, outros menos inspirados, uns arrogantes ou reservados outros coléricos e afirmativos. Mas, uma coisa é certa, todos nos proporcionaram, nem que por um segundo, um momento de riso, de gargalhada. Porque pela boca, não há dúvida, morre o peixe. Através destas personagens ficámos a saber que a polÃtica também se serve fria, quase tão fria como uma vichyssoise, aprendemos que invocar Deus e Cristo tem os seus riscos, que ninguém escapa ao sexo, nem os polÃticos, dos velhos aos novos, marialvas ou gentlemen, ensinaram-nos a multiplicar e a subtrair, e principalmente ficámos a saber que, quando o verniz estala, quando a «diplomacia» cai como um castelo de cartas, quando os protagonistas não se entendem, a polÃtica transforma-se num filme de acção de quinta categoria.
«Ele disse a Guterres para ir arranjadinho, porque as empregadas domésticas gostam disso. É isso que faço, limito-me a aparecer arranjadinho.» José Sócrates