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POCO DE SOLIDAO
978-972-731-277-1
Um sucesso escandaloso que irritava os espÃritos
mais conservadores e anárquicos dos anos 30
Obra proibida, assumiu um carácter panfletário na luta pela liberdade de expressão
«Hall estava na vanguarda. A sua força enquanto escritora resulta das suas convicções humanistas, algo que tantas vezes caracteriza os outsiders que lutam obstinadamente pela sua afirmação e pelas suas crenças. Este é um livro com uma abordagem psicoló-
gica muito forte escrito por uma autora admirada e apoiada por Virginia Woolf. Na década de 1930 encheu páginas de jornais, originando quezÃlias apaixonadas entre jornalistas e editores conservadores e libertários ou anárquicos. Feminista, de fortes convicções polÃticas e morais, Hall converteu-se ao catolicismo, acreditando no poder da espiritualidade genuÃna.» - Kirkus Reviews
Virginia Woolf manifestou publicamente o seu apoio a Radclyffe Hall: «Poço de Solidão é um livro que cruza territórios, alarga fronteiras apresentando ao mundo mais puritano a luta de uma mulher que se quer mostrar tal como é.»
O Poço de Solidão foi lançado em 1928, tal como Orlando de Virginia Woolf e provocou um enorme alvoroço em toda a Europa e na América. Foi proibido em Inglaterra, decisão que fez nascer entre os sectores mais libertários da sociedade da época um movimento de luta pela liberdade de expressão.
Banido das livrarias, deu origem a uma troca de artigos inflamados entre editores e jornalistas conservadores e anárquicos e tornou-se um «sucesso escandaloso» passado de mão em mão, em cópias contrabandeadas, de Paris para Berlim e de Londres para os Estados Unidos.
A personagem central do romance é Stephen, uma jovem herdeira inglesa baptizada com um nome masculino pelo pai desgostoso pelo facto de não ser «o tão desejado filho varão». A narrativa, escrita num registo ardente e sensÃvel e com uma abordagem psicológica crua e directa, acompanha Stephen ao longo da vida e retrata a sua luta para se afirmar, apesar de cedo perceber o quão difÃcil é ser-se respeitado na sociedade inglesa do começo do século XX. A ingenuidade de Stephen, sempre à espera de ser aceite tal como é, uma mulher trabalhadora, com ambições e capaz de ganhar o seu próprio sustento, é verdadeiramente enternecedora. A obra deixou boquiabertos os moralistas da época, que alegavam que a mesma lançava uma luz favorável sobre comportamentos que consideravam exemplos de libertinagem.
A luta pela aceitação travada por Stephen, a protagonista, confunde-se com a de Radclyffe Hall, a sua autora, que lutava contra a proibição do seu livro de uma forma panfletária e quase pré-militante que deixava irritados tanto os conservadores quanto os espÃritos mais anárquicos ou libertários.