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PRESIDENCIAS ABERTAS DE MARIO SOARES, AS
Comunicacao nº 21
972-798-031-7
A democracia portuguesa nascida do 25 de Abril, trouxe aos portugueses a liberdade de imprensa, o alargamento do espaço público e a mediatização da vida polÃtica. O desenvolvimento da comunicação polÃtica levou os polÃticos a investir recursos e a mobilizar esforços na elaboração de estratégias de comunicação, sem as quais lhes é difÃcil fazer chegar ao público as suas mensagens. Para obterem a adesão dos cidadãos os polÃticos necessitam dos media. São eles que lhes proporcionam a visibilidade essencial à conquista do voto - única maneira de, em democracia se alcançar o poder. Ora, nos sistemas polÃticos que consagram o sufrágio universal como forma de escolha dos governantes, as estratégias de comunicação polÃtica passam, cada vez mais, pelo recurso à criação de acontecimentos destinados a atrair os jornalistas. Na medida em que os jornalistas necessitam de notÃcias -matéria prima de que se alimenta o seu trabalho - surge uma complexa teia de relações entre polÃticos e jornalistas, nem sempre fácil de gerir e de compreender. Daà a pertinência de questões como:
Quem influência quem?
Quais as estratégias usadas pelos polÃticos para ser notÃcia?
Como é que, em Portugal, o Presidente da República, contorna o carácter essencialmente simbólico da função presidencial e mobiliza os media?
Que estratégias utiliza? De que instrumentos dispõe?
E como reagem os jornalistas?
Estas são algumas questões a que este livro procura dar resposta através da análise da estratégia e do aparelho de comunicação de Mário soares, nomeadamente, as Presidências Abertas.