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PRIVATARIA
978-972-25-3072-9
«Portugal foi tricampeão de privatizações em 2012, 2013 e 2014, ocupando sempre, nesses anos, o primeiro lugar em volume de vendas a nÃvel europeu. Esta revolução, pela sua escala e pelos setores alcançados - os correios e os aeroportos, por exemplo, tinham sido sempre públicos -, é isso mesmo: uma revolução. Mas a apropriação por privados (ou entidades estatais estrangeiras) de monopólios naturais e outros recursos estratégicos iniciou-se vinte anos antes. Com entoações diferentes, a justificação polÃtica foi sempre a da superioridade da gestão privada, aliada à pressão das instituições europeias para a redução do défice e da dÃvida, uma constante ao longo do tempo, ora em função das regras do "mercado comum", ora dos critérios de convergência para a moeda única, ora do memorando com a troika ou ora ainda do tratado orçamental europeu.»