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Uma das novelas mais célebres de Camilo Castelo Branco (publicada em 1866 no Porto), constitui uma notável caricatura da vida polÃtica nacional, mas também uma parábola humorÃstica acerca do desvirtuamento do Portugal antigo. O protagonista, Calisto Elói, um fidalgo transmontano, austero e conservador, é uma espécie de encarnação satÃrica desse Portugal: eleito deputado, Calisto vai viver para Lisboa, onde se deixa corromper pelo luxo e pelo prazer que imperam na capital, tomando como amante uma prima afastada, Ifigénia, e transitando da oposição miguelista para o partido liberal no governo.
Ironicamente, a esposa de Calisto, Teodora, uma aldeã prosaica, imita-o na devassidão: vendo-se desprezada pelo marido, une-se a um primo interesseiro e sucumbe ela própria aos vÃcios da modernidade.