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RAPAZ DE BRONZE, O
978-989-8230-24-9
Era uma vez um jardim onde à noite todas as plantas ganhavam vida. Os gladÃolos estavam muito na moda e eram as flores mais colhidas. Certo dia, nasceu um gladÃolo que ficou muito contente por saber que ia ser colhido. Mas ele ouviu a dona da casa a dizer ao jardineiro para não colher mais gladÃolos porque faziam falta ao jardim. Então, o gladÃolo decidiu fazer uma festa para não ficar tão triste. Ele tinha de pedir autorização ao rapaz de bronze que era o dono do jardim durante a noite. Ele autorizou a festa e o gladÃolo convidou todas as flores. Mas um ou dois dias antes da festa eles pensaram que como as pessoas punham flores nas jarras, eles tinham de pôr uma pessoa numa jarra. Então, eles decidiram que seria a Florinda, uma menina de sete anos que era filha do jardineiro. Na noite da festa, o rapaz de bronze foi ao quarto da Florinda e perguntou-lhe se ela queria ir a uma festa. Ela ficou surpreendida por uma estátua estar a falar com ela, mas aceitou. Quando ela chegou à festa nem queria acreditar no que estava a ver mas o rapaz de bronze disse para ela se sentar na jarra e começou a contar como é que eles ganhavam vida. No dia seguinte, quando a menina foi para a escola, contou à s amigas e elas não acreditaram e disseram que ela tinha sonhado. Então ela também começou a pensar que tinha sonhado. Passaram muitos anos. Quando a Florinda tinha quinze anos, o pai dela pediu-lhe para ir levar ovos a casa da cozinheira. Já era de noite quando ela vinha para casa. O rapaz de bronze veio ter com ela e perguntou-lhe se ela se lembrava dele e se se lembrava da festa. Ela disse que sim, os dois deram as mãos e foram assim a andar pelo jardim.