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SEM CRESCIMENTO NAO HA CONSOLIDACAO ORCAMENTAL
978-972-618-701-1
«As finanças públicas ocupam sempre uma posição fulcral na vida económica, social e polÃtica de qualquer paÃs. Mas poucas vezes na história nacional essa posição foi tão decisiva como atualmente.
O livro que o Dr. Emanuel dos Santos agora nos apresenta não poderia portanto ser mais oportuno. Ele não se distingue todavia apenas pela oportunidade: a sua qualidade é uma caracterÃstica ainda mais relevante.
A presente obra fornece-nos um exame muito completo sobre o que foi a evolução das finanças públicas em Portugal durante os últimos 30 anos, com especial incidência sobre o perÃodo posterior a 2005, quando mudou a cor polÃtica do governo. Diferentemente do que acontece em muitos outros escritos recentes neste mesmo domÃnio, o autor não formula conclusões para as quais não procure apresentar justificações assentes em boas bases técnicas e nos dados estatÃsticos necessários. Apesar disso, o texto é redigido de forma clara e não envolve grandes sofisticações teóricas. Daà que ele seja facilmente acessÃvel a leitores que não sejam economistas profissionais. Mas, mesmo os que o são, e bem assim outros estudiosos e comentadores que tenham dado mais atenção à s questões das finanças públicas nacionais, colherão ensinamentos de interesse nas informações e análises que este livro contém.
Como normalmente sucede, as opiniões do autor não serão sempre partilhadas por todos os leitores. Todavia, mesmo os pontos de possÃvel discordância, que no entender do autor deste prefácio, serão muito raros, trazem contribuições fecundas, pelas reflexões que tendam a provocar.»
José da Silva Lopes
«Este livro de Emanuel Augusto dos Santos, que se baseia sempre no suporte de uma robusta e meditada informação quantitativa, conclui que a multiplicidade das causas da atual crise, tanto as que se prendem com as dificuldades estruturais da economia nacional como as que se referem à s insuficiências no desenho da União Económica e Monetária, implicam respostas polÃticas, em particular na esfera orçamental, muito diferentes da atual polÃtica pró-cÃclica de austeridade dominante nos cÃrculos europeus de governação económica. Com serenidade, esta obra coloca o leitor perante a inquietante constatação de que as consequências economicamente desastrosas, socialmente devastadoras, e politicamente ameaçadoras para o futuro da unidade europeia, decorrentes dos atuais programas de ajustamento poderiam ser consideravelmente reduzidas se a doutrina em que se inspiram não estivesse tão fortemente divorciada de um tratamento inteligente das dinâmicas complexas do mundo real.»
Viriato Soromenho-Marques
Professor catedrático de Filosofia PolÃtica da Universidade de Lisboa