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SOCIEDADE ABERTA E OS SEUS INIMIGOS, A VOL1
978-972-44-1658-8
«As palavras rÃspidas proferidas neste livro acerca de algumas das principais figuras intelectuais da humanidade não são motivadas, quero crer, por um qualquer desejo meu de as diminuir. Nascem antes da minha convicção de que, para que a nossa civilização sobreviva, temos de quebrar o hábito da deferência para com os grandes homens. (…) [Este livro] Esboça algumas das dificuldades que a nossa civilização enfrenta – uma civilização que podia talvez ser definida por almejar a humanidade e a razoabilidade, a igualdade e a liberdade; uma civilização que está ainda na sua infância, por assim dizer, e que continua a crescer apesar do facto de ter sido muitas vezes traÃda por tantos dos próceres intelectuais da humanidade. O livro tenta mostrar que esta civilização ainda não se recompôs por completo do choque do seu nascimento – a transição da sociedade tribal ou “fechadaâ€, com a sua submissão a forças mágicas, para a “sociedade abertaâ€, que liberta os poderes crÃticos do homem. Tenta mostrar que o choque dessa transição é um dos fatores que tornam possÃvel a ascensão desses movimentos reacionários que têm tentado, e continuam a tentar, derrubar a civilização e regressar ao tribalismo. E sugere que aquilo a que hoje chamamos totalitarismo pertence a uma tradição que é tão velha, ou tão nova, quanto a nossa própria civilização. Tenta, deste modo, contribuir para a nossa compreensão do totalitarismo e do significado da luta eterna contra ele.» Karl Popper
«Este livro, originalmente publicado em lÃngua inglesa em 1945, é geralmente apontado como um dos mais importantes do século XX. Surge invariavelmente nas listas internacionais dos 25 mais influentes, muitas vezes também nas listas dos 10 livros que mais profundamente marcaram, e mudaram, o século XX. (...) foi aplaudido por filósofos, polÃticos e estadistas de várias inclinações polÃticas democráticas, ao centro-esquerda e ao centro-direita. Isaiah Berlin considerou que a crÃtica nele contida ao marxismo fora a mais devastadora jamais produzida.»
In Prefácio