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SOCRATES O SABIO IMORTAL
972-8605-93-3
Com rigor histórico e uma prosa fluida e cativante, Miguel Betanzos mostra-nos aqui um Sócrates completamente novo, alheio aos manuais de filosofia, transbordante de humanidade.
A figura de Sócrates, nascido em Atenas cerca do ano 470 a.C., mostra-se fascinante em vários aspectos. Foi um pensador original e profundo, inimigo de preconceitos e doutrinas estabelecidas, mestre da ironia e dono de um espÃrito subtil e elevado, sendo, no entanto, um homem simples e austero. O seu carácter inovador talvez não residisse nas suas ideias, mas sim na forma de as transmitir. Sócrates falava com infinita simplicidade, quase com a naturalidade de quem conta uma história, mas nos seus diálogos insinuavam-se as questões mais essenciais do espÃrito humano.
Viveu livre de vÃnculos e dependências e fiel à s suas ideias. Mas aquela ousadia teve o seu preço: muitos atenienses sentiram vertigens com aquele homem que não os largava com as suas perguntas, que os arrastava para os abismos do pensamento. E num acto de soberba e precipitação (instigados também pelo medo, afirme-se), acabaram por condená-lo à morte vindo a beber a cicuta numa noite de Primavera.
Com rigor histórico e uma prosa fluida e cativante, Miguel Betanzos mostra-nos aqui um Sócrates completamente novo, alheio aos manuais de filosofia, transbordante de humanidade, curioso «parteiro» de ideias e que emanava uma sabedoria que, felizmente, chegou aos nossos dias.
"[Sócrates] olhava os músicos e ele próprio era olhado, olhado pelos outros convidados que não tiravam os olhos daquele homem estranho e singular (…). Todos viam o seu olhar um tanto insolente e profundo, aqueles olhos escuros e fugidios, reveladores de algum mistério insondável que parecia incompreensÃvel ao comum dos mortais. Olhavam para a sua figura grotesca e fascinante e contudo tão sólida, tão indelével que se assemelhava à de um deus (…) Todos pareciam extasiados ao observar aquele velho e rude mestre de filosofia que não se parecia nada com os outros e pensavam que talvez alguma aura divina, algum influxo olÃmpico devia abrigar-se no seu espÃrito."