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O nosso trabalho só em parte é comparável ao dos ressurrecionistas, ladrões que abriam os túmulos para roubar as jóias dos mortos. As jóias que procuramos são as metáforas vivas que o uso generalizado e o tempo enterraram em conceitos-caixões tornados cada vez mais abstractos. Será que desse trabalho sinistro de saqueqdores de túmulos resultará a recuperação (a ressurreição) do que outrora foi beleza viva?
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