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TEISMO MEDIEVAL, O
978-972-8958-99-2
UMA OBRA QUE ASSINALA O 7º E O 9º CENTENÃRIO DA MORTE DE DOIS DOS MAIS EMINENTES FILÓSOFOS MEDIEVAIS:
João Duns Escoto (1308 - 2008) & Santo Anselmo (1109 - 2009)
Assinalando duas efemérides muito próximas entre si – o sétimo centenário da morte de João Duns Escoto em 2008 (1308-2008) e o nono centenário da morte de Santo Anselmo em 2009 (1109-2009) – cumpre-nos não deixar apagar-se a memória acerca de duas das mais eminentes referências da história da filosofia ocidental, que, sobrevivendo à passagem dos séculos, continuam a ser capazes de estimular a nossa auto-compreensão em contexto civilizacional.
Este conjunto de estudos nada mais faz do que celebrar o vigor especulativo dos dois filósofos medievais nos nossos dias. Esse vigor manifesta-se especialmente no tratamento filosófico de um tema maior e estruturante da mundividência dos pensadores medievais, como era o tema de Deus. Com efeito, dentro de uma cultura cristianizada, como era a da Europa medieval, o teÃsmo quer de Anselmo quer de Duns Escoto não era um teÃsmo exclusivamente confessional ou somente devoto; era um teÃsmo que exigia auto-questionar-se, auto-compreender-se e auto-justificar-se. Um crente filósofo, outrora como agora, não pode ser só crente.
Tanto o teÃsmo anselmiano quanto o escotista são teÃsmos filosóficos, que, sendo medievais, fazem ruborescer de ingenuidade muitas confissões teÃstas actuais e, correlativamente, ateÃstas. Os dois teÃsmos, não sendo singularmente o mesmo, são estruturalmente consonantes entre si. Nos dois pensadores teÃstas, o Doutor MagnÃfico e o Doutor Subtil, nós encontramos dois membros de uma mesma famÃlia de pensamento, que partilham remotas influências comuns e que continuam hoje a atrair seguidores e crÃticos, bem como, entre uns e outros, admiradores.