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TRAGEDIAS VOL 2
978-972-27-1886-8
Juntamente com os dois nomes mais destacados da tragédia grega que, em geração, o precediam, EurÃpides vinha completar uma trÃade de glória, em que lhe cabia um lugar próprio: o de remodelar um género que, por suas mãos, avançou para ousadias surpreendentes, em consonância com uma Atenas igualmente insaciável de mudança e novidade. Da permanente actualidade da tragédia de EurÃpides, fruto da perspicácia e atualização de um espÃrito aberto e atento, resultou, no imediato, uma oscilação do sentir do poeta perante a cidade dos contrastes em que Atenas se tinha transformado. Capaz ainda de se deixar seduzir pelo fascÃnio de uma comunidade, que os deuses agraciaram com a suavidade de uma paisagem doce e de uma luz brilhante, animada pela elevação dos ideais e pela superioridade do espÃrito, EurÃpides sofreu, como os melhores Atenienses do seu tempo, o golpe pungente da decadência. Por isso partiu, incapaz de aguardar aquele dia em que Atenas, como outrora Tróia no seu paradigma predileto, se cobriu do fumo das ruÃnas, que obscureceu os tons doirados da pujança de outrora, fugaz, mas nem por isso menos fulgurante. As versões aqui apresentadas assentam nos textos estabelecidos por J. Diggle, Euripides Fabulae, I-III, Oxford, 1994.