9.60 €
ULTIMOS DIAS DA MONARQUIA, OS
978-989-677-000-6
1908 - 1910: DA ESPERANÇA DE TRÉGUAS À INSTAURAÇÃO DA REPÚBLICA
Em 6 de Outubro de 1910, telegrafando o fim da Monarquia para a Gazeta de NotÃcias, do Rio de Janeiro, Eduardo Schwalbach escreveu com uma ironia de fel: «Ao cabo de longos e porfiados esforços, os monárquicos acabam de implantar a República em Portugal.»
A TRÉGUA FRUSTRADA: O DESCONHECIDO "PACTO LIBERAL" DE 1908 ENTRE REPUBLICANOS E MONÃRQUICOS
Em Abril de 1908, pouco depois do regicÃdio, dois dirigentes republicanos e um áulico da Corte de D. Manuel II congeminaram, em casa de Bernardino Machado, um pacto de tréguas que convinha à s duas partes: exonerando os republicanos da má fama de envolvimento na matança do Terreiro do Paço, daria à Monarquia o “benefÃcio da dúvida†e ao regime um último fôlego, tão necessário no inÃcio do novo Reinado. Apesar de acarinhado pelo jovem Rei e apoiado pelo primeiro-ministro, o pacto foi frustrado nos corredores do Poder pela feroz oposição de um dos lÃderes monárquicos; e a sua inviabilização esteve na origem da opção revolucionária dos inimigos do regime, que acabaria por conduzir à instauração violenta da República, em 5 de Outubro de 1910. Apesar da sua importância para a compreensão do processo republicano português, o “Pacto Liberal†(como então se lhe chamou) tem permanecido até hoje omisso na história “oficial†do perÃodo. É dessa trégua gorada que este livro se ocupa, documentando os últimos dias de um regime condenado pela cegueira de muitos e pela ambição de alguns.
«Obra lúcida e certeira, que vem enriquecer sobremaneira a historiografia deste perÃodo.»
«Jorge Morais tem-se afirmado nos últimos anos como autor de brilhantes ensaios historiográficos, baseados em sólidas pesquisas de fontes […]. Dotado de um notável poder de sÃntese e servido por uma escrita ágil e fluente, Jorge Morais conseguiu prender o leitor da primeira à última linha sem nunca sacrificar o rigor da investigação ou evitar a convocação do imprescindÃvel corpus documental.» Prof. Doutor António Reis in Prefácio