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VELHOS DEUSES EMPALHADOS
978-972-36-1091-8
Do Golden Gate ao Majestic, entre «o coração de uma ilha subtropical» e «o pulsar da ociosidade de uma velha cidade com fama de laboriosa e patrocinadora das liberdades», o professor Máximo Brandão e o seu consubstancial (variante do heterónimo nas terras do Norte, e primo do complementário machadiano) José Viale Moutinho contam-se as suas histórias de proveito e exemplo, para serem depois devotamente lidas e sentidas por fiéis como um certo frade zamorano (ou transmontano do-lado-de-lá) sentado, ele também – voyeur e fala-só –, noutra esplanada, que bem podia ser a do Marajá de Famalicão, onde o tal frei de além-raia sonha com divulgar nas ilhas onde ele costuma pregar aos peixes estas histórias encadeadas por microrrelatos entre lÃricos, aforÃsticos e epigramáticos, histórias que nos descobrem os seres cinzentos que habitam as Ilhas Desertas e outros seres cinzentos ovÃparos e ainda mais secretos, ou nos aproximam de personagens como a Madalena do Palladium, a Mãe Negra da Velha Peluda ou as aulas de canto para cagarras, galgos e cadelas de Madame Besançon--Trigo (Yvette para os Ãntimos), ou nos estremecem com os casos do baú pessoano do bispo resignatário de Salamanca, ou dos crimes do Largo do Chafariz, ou, enfim, nos ilustram sobre casos de lobisomens tranformados em burros e de burros mascarados de homens, envenenando o ar da Salamanca dos tempos da guerra civil espanhola.