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VIAJANTE SEM SONO, O
Poesia Inedita Portuguesa nº 115
978-972-37-1440-1
Por muito tempo amarei casa que exista apenas para guardar uma bicicleta ou os remos de um bote. As casas interessantes não têm pretensão nenhuma. Estarão perto de nós na hora necessária mas a qualquer momento com mais clareza afastam-se das certezas que perdemos e da imensidão que se avista de lá. Um velho provérbio diz: Se deres um passo atrás, talvez te coloques a tempo de uma estação clemente.
«Deus não parece no poema
apenas escutamos a sua voz de cinza
e assistimos sem compreender
a escuras perÃcias
A vida reclama inventários e detalhes
não a oiças
quando inutilmente perscruta as sequências
do seu trânsito
Só há um modo verdadeiro de rezar:
estende o teu corpo ao longo do barco
que desce silencioso o canal
e deixa que as folhas mortas dos bosques
te cubram.» Para ler aos noviços, JTM
«...um livro muito breve, alusivo e secreto.» Pedro Mexia, Público, Ãpsilon