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VONTADE DE MUDANCA
972-21-1621-5
Este livro reúne alguns contributos para o estudo da situação da arte em Portugal, antes, durante e depois do 25 de Abril.
Os anos quarenta introduziram na vida artÃstica portuguesa a consciência do momento histórico que se vivia. Numerosos artistas procuraram ser imediatamente interventivos, fosse através da acção polÃtica fosse numa crescente consideração do valor intrÃnseco da arte, cujas tendências vanguardistas começavam a diferenciar-se. Mas os voluntarismos polÃticos e os artÃsticos nem sempre coincidiram, mesmo entre aqueles que apostavam na mesma concepção de sociedade.
Dois fortes momentos de esperança surgiram em 1945 e em 1974. O primeiro mudou algumas consciências, mas pouco as condições sociais; o segundo mudou muito, tanto as consciências como as condições sociais. O golpe militar de Abril teve imediatamente adesão popular, o que levou a sublinhar temporariamente os aspectos mais socializantes do programa dos capitães. No âmbito da vida cultural, agora livre de Censura, os artistas e os crÃticos, reunidos nas suas associações profissionais, estudaram seriamente a nova situação polÃtica e fizeram propostas mais lúcidas e estruturadas do que as de 1945, na instauração de relações mais dinâmicas da arte com o público.
Rui-Mário Gonçalves dedica-se desde 1958 à s artes plásticas, com uma intensa actividade na área da crÃtica, na qual alcançou, em 1963, o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian de CrÃtica de Arte. Autor de vários artigos e obras, presentemente é professor catedrático convidado na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.