WILD GINGER

China 1969, Revolução Cultural Maoista. A luta de uma mulher pelo direito ao amor. Wild Ginger, uma beleza com vontade de ferro, está apenas na escola elementar quando a encontramos, pela primeira vez, mas foi desde logo apontada pelos Guardas Vermelhos devido aos seus «olhos de cor estrangeira». A sua colega Maple é também vítima de uma perseguição. Ao longo do romance, vamos assistindo ao processo de amadurecimento das duas raparigas, na Xangai dos finais dos anos 60 e princípio da década seguinte, quando o presidente Mao detinha o poder absoluto e os seus apoiantes pegaram em armas em seu nome. Os Guardas Vermelhos estigmatizaram o falecido pai de Wild Ginger com o ferrete de traidor e levaram a sua mãe a um horrível suicídio, mas ela agarra-se desesperadamente ao maoismo para sobreviver. Wild Ginger rapidamente se destaca das massas e é apontada como um modelo para todos os jovens. a partir daí, a nossa heroína tem tudo, até um jovem que disputa o seu coração. Mas a proibição maoista do amor romântico coloca-a numa posição insustentável, pondo em risco a própria vida. É nesta situação com uma grande carga sexual que surge Maple, criando um incómodo triângulo que Anchee Min retrata com profunda sensibilidade psicológica e o seu tão característico erotismo lírico.